Tempo sugerido: 7 dias | Total percorrido 890 km
Que ilha é essa, desbravada por fenícios, ocupadas por gregos, tomada pelos romanos, habitada pelos árabes, construída pelos bizantinos e arrematada por artistas barrocos? Que ilha é essa de tanta cultura, tanta procissão, tantos pratos que correm o mundo e perfumam as mesas? Que ilha é essa que o cinema não cansa de mostrar, quase na África, mas mais italiana que tudo? Que ilha é essa de belas praias, ruínas, montanhas e o maior vulcão activo da Europa? A Sicília é inexplicável. Só sentindo para saber.
Dia 1
Palermo / Trapani 105 quilômetros *
Encartar-se por Palermo é muito fácil. Imagine uma cidade que teve sua origem com os fenícios, prosperou com os romanos, ganhou título de uma das mais belas do mundo durante a dominação árabe e teve um rico período barroco. A capital da Sicília merece mais do que um dia de visita, o que você pode fazer no início ou no final da viagem. Uma das opções para iniciar a exploração da cidade é visitar as atrações do norte, onde estão a Piazza Marina, a igreja de Santa Maria della Catena, a Piazza e a Fontana Pretoria (com suas “escandalosas” esculturas de nus do século 16), o Palazzo Abatellis e a capela de San Cataldo, do século 12, com sua curiosa mistura de arquitetura árabe e decoração católica. Depois de passear por Palermo, siga para a medieval Castellamare del Golfo, antigo porto grego, forte árabe e importante ponto de pesca do atum. A próxima parada é Segesta, um importante centro grego. O conjunto de ruínas, muito bem preservadas, inclui um Templo do século 5 a.C. com 36 colunas dóricas e um fabuloso Teatro semicircular do século 3 a.C. Depois de fotografar muito, termine o dia na portuária Trapani, cidade com resquícios dos cartagenos, vândalos, bizantinos e saracenos.
Dia 2
Trapani / Agrigento 167 quilômetros *
Curta a manhã em Trapani – sobrarão atracções para tão pouco tempo - e entre na estrada para almoçar em Marsala, a maior região produtora de vinhos da Sicília. E, como em toda ilha, local de culinária formidável. Passe a tarde explorando as ruínas de Selinunte, um dos sítios arqueológicos mais importantes de todo o Mediterrâneo. Com construções fenícias e gregas feitas entre os séculos 7 a.C. a 5 d.C., trata-se de um conjunto de 10 templos e cidades. O mais fabuloso dos templos é o E, em estilo dórico, com 68 colunas. Detalhe: tudo fica de frente para o mar. Chegue ao entardecer em Agrigento. Aqui, também, as ruínas gregas dominam o cenário – como no fabuloso Valle dei Templi – mas misturam-se com construções medievais. Agrigento é a cidade-natal de Luigi Pirandello e importante centro cultural na ilha.
Dia 3
Agrigento / Siracusa 220 quilômetros *
Agrigento é um bom ponto de partida para quem quiser explorar o interior da Sicília . É também daqui que partem passeios de barcos pelas fabulosas ilhas de Pantelleria, mais próxima da Tunísia que da Sicília; Lampedusa, de águas translúcidas onde vivem tartarugas marinhas; e Linosa, ilha vulcânica de casas coloridas. A terceira opção, para dar seqüência ao nosso roteiro, é sair de Agrigento costeando o litoral, fazendo uma parada em Licata, cidade com importantes igrejas bizantinas e praias que podem ser aproveitadas no verão. Pare para almoçar em Capo Passero, importante centro pesqueiro (de atum) de paisagem singular. Antes de chegar a Siracusa, faça uma parada em Noto, cidade cuja arquitetura barroca não tem comparação na Sicília – preste atenção na Catedral, no Palazzo Ducezio e no Palazzo Trigona. Siracusa é um importante centro econômico e cultural desde o período grego. O Teatro Grego, aliás, é a maior atracção da cidade – datado do século 5 a.C., é um dos maiores exemplos de teatro antigo em todo o mundo. Fique de olho no calendário de festas. Siracusa é palco de algumas das mais belas da ilha.
Dia 4
Siracusa / Catania 60 quilômetro *
A ansiedade para ver de perto o vulcão Etna é grande, mas segure-se. Comece o dia explorando o tesouro arqueológico de Siracusa, reunido no Neapolis . No caminho para Catania, chama a atenção a cidade velha de Augusta, especialmente a Porta Spagnola, construída em 1681. Catania é a cidade mais ligada ao Etna e muitas das construções da cidade foram feitas com a lava negra do vulcão. Por essa mesma proximidade, a cidade foi destruída muitas vezes – a maior parte de seu contorno actual pertence ao século 18, quando ruas mais largas e construções baixas foram feitas para evitar efeitos de terremotos e diminuir as conseqüências de uma erupção. Não deixe de visitar, além do Etna, claro, o Mercato della Pescheria, na Via Garibaldi, especialmente animado de manhã. O Teatro Romano, com capacidade original para 7 000 pessoas, e o Castello Ursino, construção medieval do século 13, também são atrações da cidade
Dia 5
Catania / Taormina 52 quilômetros *
Chegar a Taormina, o mais famoso centro turístico da Sicília, depois de explorar a maior parte da ilha, lhe dará a imensa vantagem de estar familiarizado com o povo, a culinária e a cultura siciliana. Antes ainda de pisar em Taormina, pare no caminho em Aci Trezza, uma cênica vila de pescadores famosa pelo Isole dei Ciclopi, um conjunto de ilhotas de rocha no mar que, de acordo com a mitologia, seriam pedras atiradas em Ulisses. Taormina é chique, com bons hotéis, restaurantes e lojas finas ao longo do calçadão da Corso Umberto I, mas tem também (é claro) belíssimas atracções históricas e naturais. Não falta nem um Teatro Grego para mais uma foto da sua coleção. Vale a pena perder-se pelas ruas, ver a Piazza del Duomo (onde está a Catedral), o Palazzo dei Duchi di Santo Stefano, em estilo árabe, e visitar Mazzaró, pequena cidade de praia acessível tanto por estrada como por teleférico.
Dia 6
Taormina / Messina 46 quilômetros *
Difícil deixar Taormina para trás? Pois saiba que a próxima parada, Messina, sempre foi a ligação entre Nápoles e Sicília e, em outros tempos, entre diferentes civilizações que viviam dos dois lados do Mediterrâneo. Não à toa, a região portuária concentra muito das atrações locais. Impossível não se encantar com Fonte Orion, junto da Torre dell’Orologio, e o aspecto medieval da Catedral. Aproveite para provar os excelentes peixes e frutos do mar servidos nos restaurantes locais – os mais simples são bem surpreendentes. Messina é ponto de partida para as Isole Eolie, as ilhas vulcânicas do norte da ilha. A mais famosa delas é Stromboli, com um vulcão em actividade há 2000 anos. Os passeios saem do porto de Messina.
Dia 7
Messina / Palermo 240 quilômetros *
Cefalú é a última parada dessa viagem incrível. E não podia ser mais surpreendente: essa cidade de ruas medievais, floridas e belamente decoradas nas fachadas, com construções barrocas e ruínas gregas, não pode passar despercebida. Em Palermo, é hora de conhecer o sul da cidade antes de partir. Veja as diferenças entre a igreja de San Giovanni degli Eremiti e a Cappella Palatimna, ambas do século 12, mas bem distintas; passeie pelo Corso Vittorio Emanuele e encante-se com o Quattro Canti, a encruzilhada com construções do século 17; visite a suntuosa Catedral, que teve sua maior parte construída no século 12. E, claro, não deixe de sentir os aromas do Mercato della Vucciria, um dos mais tradicionais de toda a Itália.
* Total de quilometros rodados de moto no dia
Mapa
Este blog é um espaço de análise e opinião. Da minha análise sobre factos e coisas do dia a dia, e da opinião que à cerca delas vou construindo. Sobre o que escrevo, muitos dos que me lerem Estarão de acordo e muitos outros discordarão. Não há mal nenhum nisso. Assim uns e outros saibam Respeitar uma opinião contraria.Antonio Casteleiro Font>
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